sábado

O Nilo, fonte de riqueza...




O papiro é uma planta que cresce ao longo das margens e do delta do Nilo. Dele se faziam não apenas as folhas e os rolos que receberiam os hieroglifos e as ilustrações da glória dos deuses e do faraó mas também velas para os navios, roupas, sandálias e outros objectos do quotidiano. Era o símbolo do Baixo Egipto assim como o abutre o era do Alto Egipto. O deus Hápi, que personificava o Nilo, tinha na cabeça uma coroa com papiro e flor de lótus. A planta do papiro era considerada sagrada e o nome papiro significa, em egípcio antigo, “ o que pertence a Rá”.
Usado pela primeira vez em 4000 a.C., transformou-se numa das maiores fontes de exportação do Egipto. Era produzido sob monopólio do faraó, com o processo de produção mantido debaixo de um bem guardado sigilo.
Ao contrário do papel, que é feito de fibras de plantas esmagadas, o papiro é feito de tiras finamente cortadas de folhas e talos de cana de papiro, demolhadas durante três dias até clarearem. As tiras eram depois colocadas em toalhas de linho, primeiro horizontalmente e depois verticalmente, empilhadas e comprimidas, antes de serem postas a secar ao Sol.
A produção de papiro foi interrompida em 105 d.C. quando o papel foi inventado na China, e só em 1965 é que um cientista egípcio voltou a redescobrir o segredo do seu fabrico.


Estiletes com que se escrevia no papiro

 O papiro foi o antepassado do papel e os seus rolos eram usados para a escrita durante a antiguidade sobretudo no egipto.

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