segunda-feira

Uma Civilização Avançada




Os egípcios possuíam apreciáveis conhecimentos de astronomia e de matemática. O seu desenvolvimento resultou, em grande parte, das necessidades de prever a época das cheias do Nilo, traçar os planos de construção dos templos e túmulos, calcular os rendimentos dos campos e os respectivos impostos.

A matemática, em particular, foi largamente desenvolvida. Os egíp­cios sabiam realizar operações de soma e de subtracção, extrair a raiz quadrada, calcular a área do círculo, do trapézio e o volume da esfera. Usavam apenas sete sinais para os números. Não tinham o zero nem a multiplicação ou a divisão. Para multiplicar, escreviam o número tantas vezes quantas precisavam e, depois, somavam.

No domínio da astronomia, dividiram o ano em 365 dias, e estes por três estações - a da cheia, a da sementeira e a da colheita. Por outro lado, sabiam prever eclipses da lua e do sol.

Calendário egípcio
Os deuses, coroados com discos vermelhos simbolizam dias ou meses específicos enquanto os discos maiores, simbolizam dias festivos ,divididos em horas, dos doze meses do ano. Cada mês dividia-se em 30 dias e, no final do ano, eram acrescentados cinco dias para fazer a concordância com o ritmo das estações.

A medicina atingiu, também, um significativo nível de desenvolvi­mento. Devido à prática da mumificação de cadáveres, os egípcios tinham grandes conhecimentos da anatomia do corpo humano e sabiam fazer operações cirúrgicas.
Sekhmet (aquela que tem o poder), a deusa com corpo de mulher e cabeça de leoa era a protectora da saúde e da cura , talvez a primeira patrona dos médicos modernos.

Sekhmet

domingo

Viagem ao Antigo Egipto

Tutankamon




Provavelmente, seria este o verdadeiro rosto de Tutankamon feito com as mais avançadas técnicas de computação a partir da análise da sua múmia.

Cabeça mumificada de Tutankamon

Religião Egípcia


Os Egípcios, tal como os outros povos da Antiguidade, eram extremamente religiosos. Adoravam muitos deuses, isto é, eram politeístas. Cada região tinha os seus deuses, mas alguns eram adorados em todo o Egipto, como Osíris e Ísis (deuses ligados à fer­tilidade e fecundidade da terra e ao culto dos mortos), o deus-falcão Hórus (protector dos faraós, particularmente adorado durante o Império Antigo) e Ámon-Rá (o deus-Sol).
Relacionado com o culto dos deuses, estava o culto dos mortos. Como acreditavam na vida de além-túmulo, os egípcios criaram complicadas técnicas de embalsamamento dos cadáveres pois também acreditavam na reencarnação das almas. Por essa razão os corpos precisavam de estar intactos (mumificados) e para a alma reconhecer o corpo que habitara, desenhavam o mais fiel possível na tampa do sarcófago o rosto do morto que lá estava depositado.
No século XIV a.c., no reinado de Amenófis IV (c. 1377/1359 a.c.), o politeísmo egípcio foi temporariamente abolido e imposto o culto a um único deus - Áton, que simbolizava o Sol. Contudo, logo após a morte do faraó, regressou-se ao culto dos deuses tradicionais e ao politeísmo.

A Esfinge



A grande esfinge do Egipto guarda o descanso dos grandes faraós. Foi construída por volta 2800 a.c., embora haja quem defenda que é mais antiga e tem cerca de 70m de comprimento por 20m de largura. É a maior figura do mundo esculpida em pedra.
Nos séculos XVIII e XIX apenas era visível a cabeça, tendo sido os engenheiros franceses da expedição de Napoleão que a libertaram da areia. No original era pintada com tinta vermelha tal como as pirâmides eram revestidas em branco. O seu rosto, de 4m de largura, parece representar o faraó Kefren.
Em 2006
Em 1924

Religião










Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, na sua reencarnação e que depois da morte existia uma outra vida. Após a morte, a alma ia ao tribunal de Ósiris, onde era julgada.
Como acreditavam na reencarnação era necessário que o corpo estivesse conservado para quando a alma regressasse ao corpo que havia habitado. Para isso realizavam o processo de mumificação (embalsamamento do corpo) e pintavam no sarcófago a cara do defunto para que a alma o reconhecesse.

Pintura e Relevo no Antigo Egipto




Pintura
O relevo e a pintura estavam ao serviço da glorificação do faraó e da reli­gião. A maior parte dos relevos esculpidos destinava-se a decorar túmulos e templos. Nas paredes das câmaras funerárias dos túmulos, várias pinturas reprodu­ziam cenas religiosas e da vida quotidiana.
No relevo e na pintura egípcias, a representação da figu­ra humana obedecia a certas regras :
- cabeça e pés de perfil, tronco de frente (lei da frontali­dade)
- cenas representadas em bandas, umas sobre as outras (ausência de perspectiva)
- dimensão das figuras de acordo com a sua categoria social (lei da proporcionalidade)

Relevo


Pintura (em tiras ou bandas)

Procura encontrar nas gravuras, algumas características da pintura e do relevo acima descritas

Salvé, ó Nilo...


O Nilo é um dos rios mais extensos do mundo, percorrendo 6.696km através do nordeste africano . Nasce perto da linha do Equador e corre para o norte, em direcção ao Mar Mediterrâneo. Recebendo as águas das chuvas que caem nas suas nascentes, localizadas na África Equatorial e na Etiópia, o rio Nilo provocava anualmente no Egipto uma inundação, entre Julho e Novembro, depositando sedimentos que tornavam as margens de terra extremamente férteis, muito propícias para os cultivos agrícolas. Embora hoje essas cheias já não aconteçam devido à construção da barragem de Aswan, construída na década de 60, os camponeses do Egipto ainda hoje cultivam o solo aproveitando as águas do rio, que se mantém vital para a economia agrícola do país. Viajando pelo Nilo abaixo ainda podemos ver as plantações nos mesmos moldes que os antigos utilizavam.
Das águas do Nilo também prosperam até hoje o cultivo de papiros e a olaria ( fabrico de tijolos e potes de barro) que ainda são confeccionados no antigo estilo egípcio , feitos à mão.


sábado

Ramses II e Nefertari

Templos de Ramses II e de Nefertari em Abu Simbel

Os templos de Ramsés II e da sua esposa, Nefertari, não estiveram sempre onde estão hoje.Nos anos 60 do século passado, com a construção da Barragem de Assuão, no Nilo, estes monumentos ficariam para sempre submersos. O governo egípcio com a ajuda da comunidade internacional, retirou-os pedra por pedra do local onde foram mandados construir por Ramsés II e montou-os um pouco mais acima, onde agora os podes visitar como turista .
Na gravura em baixo podes ver como eram antes da barragem, numa reprodução da sua localização original feita por David Roberts em 1838-1839 .

Tópicos de Estudo


Transforma o esquema em texto explicando a origem e a grandeza do Antigo Egipto.

A escrita no Egipto Antigo


Escrita hieroglífica

Evolução da escrita egípcia: Hieroglífica, Hierática e Demótica
Os egípcios criaram uma escrita original - a escrita hieroglífica. Através de caracteres chamados hieróglifos ­representavam seres vivos e objectos. Assim, por exemplo, para "escre­ver" a palavra sol desenhavam um disco solar. A pouco e pouco alguns desses sinais passaram a ser usados para repre­sentar ideias e sons. Este tipo de escrita foi utilizado em inscrições grava­das ou pintadas em placas, estátuas, paredes de templos e túmulos.
Com o decorrer do tempo, apareceram outros sistemas de escrita mais simples e de traçado mais rápido:
a hierática (escrita sagrada), utilizada pelos sacerdotes;
a demótica (popular), utilizada nos textos do dia-a-dia (com excep­ção dos textos religiosos) que surge nos finais da história do Egipto Antigo. Quer a escrita hierática quer a demótica ou popular utilizavam o papiro como material de suporte para a escrita.

Escriba e instrumentos de escrita. O desenho da sua caneta de junco e dos recipientes onde a humedecia para escrever, formava o hieroglifo que significava "escriba"

O papiro foi o antepassado do papel e os seus rolos eram usados para a escrita durante a antiguidade, sobretudo no egipto.

O Nilo, fonte de riqueza...




O papiro é uma planta que cresce ao longo das margens e do delta do Nilo. Dele se faziam não apenas as folhas e os rolos que receberiam os hieroglifos e as ilustrações da glória dos deuses e do faraó mas também velas para os navios, roupas, sandálias e outros objectos do quotidiano. Era o símbolo do Baixo Egipto assim como o abutre o era do Alto Egipto. O deus Hápi, que personificava o Nilo, tinha na cabeça uma coroa com papiro e flor de lótus. A planta do papiro era considerada sagrada e o nome papiro significa, em egípcio antigo, “ o que pertence a Rá”.
Usado pela primeira vez em 4000 a.C., transformou-se numa das maiores fontes de exportação do Egipto. Era produzido sob monopólio do faraó, com o processo de produção mantido debaixo de um bem guardado sigilo.
Ao contrário do papel, que é feito de fibras de plantas esmagadas, o papiro é feito de tiras finamente cortadas de folhas e talos de cana de papiro, demolhadas durante três dias até clarearem. As tiras eram depois colocadas em toalhas de linho, primeiro horizontalmente e depois verticalmente, empilhadas e comprimidas, antes de serem postas a secar ao Sol.
A produção de papiro foi interrompida em 105 d.C. quando o papel foi inventado na China, e só em 1965 é que um cientista egípcio voltou a redescobrir o segredo do seu fabrico.


Estiletes com que se escrevia no papiro

 O papiro foi o antepassado do papel e os seus rolos eram usados para a escrita durante a antiguidade sobretudo no egipto.

Livro dos Mortos


Este é, talvez, o mais famoso livro do antigo Egipto. Não é propriamente um livro, como hoje os conhecemos, mas sim um enorme rolo de papiro de 4,5 m de comprimento por 37 cm de altura. É neste "livro" que estão descritos os ritos funerários do embalsamamento, o julgamento dos mortos no tribunal de Osíris e as fórmulas e orações mágicas tão popularizadas pelo filme "A Múmia".
Anubis embalsamando o faraó

Sociedade



A sociedade egípcia encontrava-se organizada em torno do faraó. Senhor supremo de todo o país, o faraó distribuía as terras e os cargos.

A sua numerosa família, bem como os sacerdotes, nobres e os altos funcionários constituíam o escalão cimeiro e privilegiado da sociedade egípcia.

Abaixo destes mas, ainda importantes, vinham os escribas e os comerciantes
Os artesãos e camponeses eram a classe mais baixa.

No fundo dos mais desfavorecidos surgiam os escravos que não tinham quaisquer direitos.

Um Estado Teocrático


Um Poder Sacralizado

O Faraó era considerado um deus vivo, filho de Amon-Rá.
Ninguém podia desobedecer-lhe porque isso era o mesmo que desobedecer aos deuses.
O Faraó dispunha de um poder sacralizado (sagrado) e absoluto, sobre todas as coisas e sobre as pessoas. O seu poder era exercido em nome dos deuses e ele próprio mais do que o representante dos deuses era um deus vivo adorado em todo o Egipto.
O Egipto era, assim, um estado Teocrático.

A criação do mundo vista pelos antigos egípcios

A Escrita Hieroglífica



No Egipto, a partir do 4ºmilénio a.c, surge o sistema de escrita Hieroglífica. O nome foi-lhe dado pelos antigos gregos pois a escrita encontrava-se sobretudo na fachada e no interior dos templos e túmulos. Daí , Hieros ( sagrado) + Glifos (inscrições) , isto é escrita sagrada, traduzido à letra.
Os hieróglifos são imagens, símbolos e sinais que exprimem sons e ideias.
Dentro da escrita Hieroglífica, havia a escrita hierática, muito complicada e usada pelos
sacerdotes nos textos sagrados e a escrita demótica que era uma forma de escrita simplificada e mais popular.

quinta-feira

Sociedade


A sociedade egípcia estava dividida em vário estratos ou camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus vivo na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.

Tópicos de Estudo




sexta-feira

As Primeiras Cidades



A maior ou menor riqueza das aldeias dependeu sempre da fertilidade do solo, da secagem dos pântanos ou dos depósitos deixados na terra por ocasião das enchentes. A necessidade de as populações orientarem o curso das cheias, repararem os danos que elas pudessem provocar e de criarem redes de represas, canais e obras de irrigação levou-as a unirem-se e a organizarem-se. Ora, a antiga aldeia não tinha possibilidade de responder a essas exigências. Só a cidade pôde mobilizar-se, centralizar e orientar a força de trabalho capaz de levar a cabo a organização dos grupos populacionais e a sua defesa . A cidade, criada a partir do desenvolvimento da aldeia, passou a contar com um novo corpo de habitantes: funcionários administrativos, artesãos e mercadores. A cidade distingue-se definitivamente da aldeia quando cria a escrita, o cálculo e o sistema de pesos e medidas.
Lewis Munford. "A Cidade na História" (adaptado)

domingo

Conceitos


Pré-História

Paleolítico

Hominídeo

Hominização

Bipedia

Verticalidade

Australopitecus

Homo Habilis

Homo Erectus

Homo Sapiens Neanderthal

Homo Sapiens Sapiens

Clã

Tribo

Semi-nómadas

Caçadores-recolectores

Sociedade Recolectora

Pedra Lascada

Biface

Arte Rupestre

Arte Móvel


Se ainda não dominas todos estes conceitos procura saber os que ainda não dominas.

sábado

A Aventura Humana

Objectivos de Aprendizagem



Identificar aspectos essenciais da Civilização Romana ( língua, literatura,direito e urbanismo )

Caracterizar a Arte Romana

Identificar a influência grega na arte romana.

Referir os deuses tradicionais dos romanos e suas atribuições bem com os deuses "importados" e suas atribuições

Reconhecer a influência da presença romana na Península Ibérica bem como os contributos dos romanos para o mundo contemporâneo

Conhecer, em termos genéricos, o contexto histórico em que surgiu o cristianismo  na Judeia.

Identificar as formas de difusão do cristianismo bem com as etapas na sua afirmação como uma grande religião.

Conhecer os povos bárbaros e seus locais de fixação

Identificar as diferentes vagas de invasores que assolaram a Europa entre os secs V-X

Identificar consequências económicas, sociais e políticas resultantes dessas invasões

Compreender o papel da Igreja Católica no ocidente após o fim do Império romano.

Conhecer e aplicar os seguintes conceitos: Idade Média, Bárbaros, Ruralização, Economia de Subsistência


Materiais