No Santuário de Delfos, os Gregos interrogavam a Pitonisa sobre os problemas que mais os preocupavam e as decisões a tomar. Esta sacerdotisa, intermediária entre o deus Apolo e os homens, transmitia, normalmente, mensagens vagas e ambíguas.
"Não me admiro, portanto, se houve necessidade de uma certa ambiguidade (...). De facto, não era um qualquer que ia lá consultar o oráculo sobre a compra de um escravo, nem sobre a sua ocupação, mas sim cidades poderosas, reis e tiranos, que iam procurar o deus para regular o seu procedimento. Ora, não era vantajoso aos que se encontravam no santuário contrariá-los e irritá-los com respostas alheias aos seus desígnios (...).
Envolvia-os, pois, em palavras incertas e ambíguas, que ocultavam a sentença aos outros, mas não escapavam ao próprio, nem passavam despercebidas aos que dela precisavam e que estavam atentos."
Envolvia-os, pois, em palavras incertas e ambíguas, que ocultavam a sentença aos outros, mas não escapavam ao próprio, nem passavam despercebidas aos que dela precisavam e que estavam atentos."
Plutarco (filósofo e historiador grego do séc. II)
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