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sexta-feira

Grécia Antiga- Objectivos de Aprendizagem


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Conhecer e compreender o processo de formação e afirmação das cidades-estado gregas originárias (séculos VIII a IV a.C.) 

1. Localizar no espaço e no tempo as principais cidades-estados gregas e os povos com quem estabeleceram contactos, por referência às civilizações já estudadas.
2. Relacionar a formação da cidade-estado com as características do território e com a fixação de grupos humanos no espaço da Antiga Grécia.
 3. Identificar as pares constituintes da cidade-estado
 4.Conhecer a organização política da Polis ateniense
 5. Caracterizar o modelo de democracia ateniense do século V a.C.  e os seus limites.

Conhece e compreender a organização económica e social no mundo grego

1. Identificar as principais atividades económicas da maioria das cidades-estado atenienses (ver o caso ateniense – comercial, marítima e monetária).
2. Conhecer a organização social da polis grega, tomando Atenas do século V a.C. como referência.
3. Demonstrar as profundas diferenças sociais existentes na sociedade ateniense.
4. Descrever o quotidiano dos membros dos diversos grupos sociais da polis ateniense.

Conhecer o elevado grau de desenvolvimento atingido no mundo grego pela cultura e pela arte

1. Reconhecer a importância assumida na cultura grega por formas literárias como a epopeia (poemas homéricos) e o teatro (tragédia e comédia).
2. Descrever a religião politeísta grega, destacando o papel dos jogos como expressão de religiosidade e factor unificador do mundo helénico.
3. Identificar as principais características da arquitetura, da escultura e da cerâmica gregas.
4. Referir a autonomia e o grau de sofisticação alcançado no mundo grego pela filosofia e pelas ciências.

Conhecer o processo de estruturação do mundo grego e de relacionamento do mesmo com outros espaços civilizacionais

1. Descrever o processo de criação de colónias e identificar os respetivos limites geográficos.
2. Referir a instituição de alianças entre cidades-estado, as rivalidades e os conflitos que se verificaram entre as mesmas.

Avaliar o contributo da Grécia Antiga para a evolução posterior das sociedades humanas

1. Referir a democracia grega do século V a.C. como um dos grandes legados do mundo ocidental.
2. Exemplificar a influência da arte grega até ao tempo presente.
3. Confirmar a importância da língua como fator de unificação dos gregos e como vetor de transmissão de cultura erudita até aos nossos dias.
4. Confirmar a cultura e educação gregas como fundamentais para a evolução futura dos sistemas culturais ocidentais. 


Um resumo da matéria
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Condicões Naturais
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Economia e Sociedade
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Religião e Cultura
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quinta-feira

A Acrópole de Atenas (Visão idealizada)

A Acrópole de Atenas (Visão idealizada)

Atenas, a mais importante cidade-estado grega do século V a. c., ficava situada na Ática. Apesar do solo da Ática ser pobre, a agricul­tura e a pecuária ocupavam a maior parte dos atenienses que viviam do cultivo do trigo, cevada, vinho e, sobretudo, do azeite . Em volta da cida­de, cultivavam-se produtos agrícolas e, nas montanhas criava-se o gado, especialmente, cabras e carneiros.
O artesanato estava muito desenvolvido. Os artesãos fabricavam vasos cerâmicos, estátuas, armas, navios. Para a sua confecção explora­vam o barro, o mármore, a madeira e os minérios. Mas, Atenas tinha falta de cereais e de matérias-primas para o artesanato.

quarta-feira

Civilização Grega

A Ágora


A Ágora era uma praça, a praça principal da pólis, a cidade-estado grega da Antiguidade clássica. A Ágora manifesta-se como a expressão máxima da esfera pública , sendo o espaço público por excelência. É nela que o cidadão grego convive com o outro, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais dos cidadãos se reunem: é, portanto, o espaço por execelência do exercício da cidadania. Por este motivo, a Ágora (juntamente com a Pnyx, o espaço de realização das assembleias) era considerada um símbolo da democracia directa, e, em especial, da democracia ateniense, na qual todos os cidadãos tinham igual voz e direito a voto.

A Democracia em Atenas


Péricles


Atenas, como as demais cidades gregas, foi até ao Séc. V a.c. gover­nada por reis (monarquia), nobreza (oligarquia) e por tiranos (tirania). Con­tudo, no século V a. c., estabeleceu-se na cidade-estado de Atenas uma forma de governo diferente das restantes - o regime democrático.
Para o estabelecimento deste novo regime político e social foi fundamental a acção de três legisladores - Sólon (c. 640-c. 560 a. c.), Clístenes (508-462 a. C) e Péricles (462-429 a. C). Entre as medidas que tomaram, destacam-se as seguintes:

Sólon- Redacção de leis iguais para todos os homens livres e fim da escra­vidão por dívidas

Clístenes- Divisão da Península da Ática em 100 demos, agrupados em 10 tri­bos; cada tribo, onde todos eram iguais, elegia anualmente os cida­dãos para os vários órgãos do governo da cidade. Procurava-se, assim, evitar que os ricos dominassem a vida política

Péricles- Concessão de salários a todos os cidadãos que fossem designados para cargos públicos; desta forma, todos, incluindo os cidadãos mais pobres, podiam participar na vida política.

domingo

Economia de Atenas



Como a terra não era farta ( 80% era solo montanhoso) os gregos desenvolveram uma rica economia mercantil e marítima, com a prática do comércio a longa distância. O grande comércio era feito através do porto de Pireu, a 5Km de Atenas,  por onde exportavam vinhos, azeite, armas e produtos do seu artesanato ( que estava muito desenvolvido) e importavam bens alimentares (trigo) metais e objectos de luxo. O poderio económico da cidade apoiava-se, ainda, numa grande e bem armada frota naval e numa forte moeda, o dracma .

Actividade comercial no porto de Pireu
Trirreme Grega

sábado

A Sociedade de Atenas


A sociedade ateniense era constituída por três grupos bem dis­tintos :

os cidadãos, homens livres, com mais de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses. Eram os únicos a possuir terras na Ática. Só eles tinham direitos políticos, participando nas assembleias, conselhos e tribunais. Constituiam uma minoria da população, cerca de 10% em meados do século V a. C.

os metecos, estrangeiros que viviam na cidade-estado de Atenas. Eram homens livres, mas sem direitos políticos, estavam sujeitos ao serviço militar e ao pagamento de impostos. Dedicavam-se ao comér­cio e ao artesanato. Excepcionalmente, podiam tornar-se cidadãos;

os escravos, homens não-livres, ocupados em tarefas variadas como a agricultura, artesanato, comércio, trabalhos domésticos. Eram prisioneiros de guerra ou pessoas raptadas por piratas. Cons­tituíam cerca de 1/3 da população .

Assim, a sociedade ateniense era dominada por uma minoria - os cidadãos, os únicos que tinham direitos políticos. Estes direitos eram exercidos nos órgãos de poder e nos lugares públicos, como a Ágora . Contudo, a grande maioria - mulheres, metecos e escravos ­não participava na vida política.

sexta-feira

Arte Grega


Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações.
Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. A arte grega tem como características:
racionalismo, o amor pela beleza, o interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas” e a democracia.


Esquema Conceptual

Arte Grega



mais em:

sábado

Os órgãos de poder e as limitações do regime democrático


Na cidade-estado de Atenas, os órgãos de poder eram os seguin­tes :


Assembleia do Povo ou Eclésia, constituída por todos os cidadãos, que aprovava as leis, decidia da paz ou da guerra, elegia as magistratu­ras mais importantes e votava o ostracismo;
Bulé, conselho permanente de 500 cidadãos, sorteados entre as tri­bos (50 por tribo), que elaborava as leis a aprovar pela Eclésia;
Helieu, tribunal composto por 6000 cidadãos, que julgava os casos de não cumprimento das leis da cidade.
Para além destes órgãos de poder, distinguiam-se como dirigentes políticos os arcontes e os estrategos.

Assim, o regime democrático trouxe importantes inovações:
preen­chimento dos cargos políticos através de eleições ou por sorteio
duração limitada desses cargos
participação dos cidadãos na vida política.

A democracia ateniense tinha, contudo, as suas limitações. Na ver­dade, só os cidadãos atenienses, cerca de 10% da população, participa­vam na vida política (as mulheres e os filhos dos cidadãos, os metecos e os escravos estavam dela excluídos). A existência de escravos, o imperialismo de Atenas em relação às outras cidades da Liga de Delos e a Lei do Ostracismo são também consideradas como “imperfeições” da democracia ateniense. No entanto, apesar das suas imperfeições, o regime político de Atenas foi seguido em muitas cidades gregas e serviu de modelo às democracias modernas.


domingo

Os Deuses na Antiga Grécia

Construindo Um Império

Oráculo de Delfos


Ruínas do Templo de Apolo em Delfos
No Santuário de Delfos, os Gregos interrogavam a Pitonisa sobre os problemas que mais os preocupavam e as decisões a tomar. Esta sacerdotisa, intermediária entre o deus Apolo e os homens, transmitia, normalmente, mensagens vagas e ambíguas.

"Não me admiro, portanto, se houve necessidade de uma certa ambiguidade (...). De facto, não era um qualquer que ia lá consultar o oráculo sobre a compra de um escravo, nem sobre a sua ocupa­ção, mas sim cidades poderosas, reis e tiranos, que iam procurar o deus para regular o seu procedimento. Ora, não era vantajoso aos que se encontravam no santuário contrariá-los e irritá-los com respostas alheias aos seus desígnios (...).
Envolvia-os, pois, em palavras incertas e ambíguas, que ocultavam a sentença aos outros, mas não escapavam ao próprio, nem passavam despercebidas aos que dela precisavam e que estavam atentos."

Plutarco (filósofo e historiador grego do séc. II)